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  • Fonte: Carlos Alberto Di Franco

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Chegou a hora de unir os brasileiros na construção de uma magnífica causa: a soberania e o desenvolvimento da Amazônia

 

Há exatos dois anos, o Grupo Rede Amazônica teve uma iniciativa de grande relevância informativa: criou uma agência de notícias sobre a Amazônia, a Amazon Agency.

Com conteúdos exclusivos e com foco no mercado internacional, a Amazon Agency oferece uma cobertura completa sobre os principais assuntos relacionados à região.

Como conselheiro do Grupo, participei do projeto com grande entusiasmo. Estou convencido da importância da Amazônia para o Brasil e para o mundo. Daí a urgente necessidade de oferecer informação verdadeira e de alta qualidade técnica e ética sobre o fascinante continente verde.

O CEO do Grupo Rede Amazônica e um dos idealizadores do projeto, Phelippe Daou Junior, comentou que a Reuters, maior agência de notícias do mundo, foi a primeira parceira da Amazon Agency. “O grande objetivo pensado há dois anos foi o de levar a Amazônia para o mundo, mas com a visão de quem vive aqui”, afirmou Daou. Atualmente, a Associated Press também integra o projeto.

Afiliada da Rede Globo, a Rede Amazônica está presente com TV, rádio e internet em cinco Estados da Região Norte: Amazonas, Amapá, Roraima, Rondônia e Acre. Também está presente no Pará, com a CBN Amazônia.

A Amazon Agency, ancorada na forte credibilidade do Grupo Rede Amazônica, conta com estrutura e equipe próprias: coordenador, produtores, pauteiros e editores de imagens. Também possui ferramentas tecnológicas que possibilitam a captação de conteúdo e o cadastro de profissionais freelancers (jornalistas, fotógrafos, cinegrafistas e repórteres de vídeo).

O site oficial da agência tem o portfólio de conteúdos e notícias que o mundo pode acessar (https://amazonagency.news). Oitenta e sete países já fizeram downloads de matérias produzidas pela agência.

A Amazônia, carregada de desafios e de imensas oportunidades, não tem tido informação confiável e profunda. Muitos interesses, dentro e sobretudo fora do Brasil, têm tecido narrativas enviesadas sobre a região.

Como diz Aldo Rebelo, ex-ministro da Defesa e profundo conhecedor da região, “a Amazônia é dos amazônidas e dos brasileiros”. Não pode ser sequestrada pela cobiça internacional e pelo descaso dos governos. Preservar o meio ambiente é uma necessidade. Mas promover o desenvolvimento é um dever humanitário essencial. Não é aceitável que milhões de brasileiros vivam sem saneamento básico, saúde e educação.

Chegou a hora de unir os brasileiros na construção de uma magnífica causa: a soberania e o desenvolvimento da Amazônia. E isso passa, sem dúvida, por informação de credibilidade. Eis aqui, amigo leitor, a motivação central da Amazon Agency.

Em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou a atuação das Organizações Não Governamentais (ONGs) na Amazônia, Aldo Rebelo afirmou que convivem na região três Estados paralelos: o primeiro seria o oficial, das prefeituras, dos Estados e da União, com suas agências e órgãos; o segundo seria o do crime organizado e do narcotráfico; e o terceiro é o que ele chama de “Estado paralelo das ONGs”.

Existem, por óbvio, ONGs sérias, que desenvolvem um bom trabalho. Outras, no entanto, são apenas instrumentos de interesses internacionais. “Não é pelo meio ambiente que a Amazônia está em evidência. É pelos nossos bens”, enfatizou Rebelo.

É preciso superar vetos absurdos ao desenvolvimento da região. Basta pensar na paralisação das obras da Ferrogrão, projeto ferroviário que prevê a ligação entre Sinop, no Mato Grosso, e o porto de Miritituba, no Pará. Uma decisão monocrática – mais uma canetada de gabinete – impediu, já lá se vão cinco anos, a abertura de um importante corredor para exportação de grãos. Tudo isso, de modo respeitoso, deve ser objeto de um jornalismo investigativo sério e responsável.

A Amazônia reclama comunicação de qualidade. Quem informar com seriedade será bem percebido pela sociedade. Vivemos um momento disruptivo e de desintermediação. Todos, sem exceção, percebemos que chegou, para o jornalismo, a hora da reinvenção.

A sociedade está cansada do clima de militância que tomou conta da agenda pública. Sobra opinião e falta informação. Os leitores estão perdidos num cipoal de afirmações categóricas e pouco fundamentadas, declarações de “especialistas” e uma overdose de colunismo.

Um denominador comum marca o achismo que invadiu o espaço outrora destinado à informação qualificada: radicalização e politização. Trata-se de um fenômeno generalizado.

O jornalismo reclama alguns valores essenciais: amor pela verdade, paixão pela liberdade e uma imensa capacidade de sonhar e de inovar. Eles resumem boa parte da nossa missão e do fascínio do nosso ofício. Hoje, mais do que nunca, numa sociedade polarizada e intolerante, precisam ser resgatados e promovidos.

O jornalismo sustenta a democracia não com engajamentos espúrios, mas com a força informativa da reportagem e com o farol de uma opinião firme, mas equilibrada e magnânima. A reportagem é, sem dúvida, o coração da mídia.

É isso – e só isso – o grande objetivo da Amazon Agency: fazer jornalismo propositivo. Não ocultar os equívocos, mas valorizar as oportunidades. A Amazônia merece o trabalho de todos nós.

 

Carlos Alberto Di Franco, jornalista, ocupa a cadeira 14 da Academia Cristã de Letras – ACL e mantém coluna quinzenal em O Estado de S. Paulo, aqui reproduzida